27 julho 2006

Quadrazais...

Quadrazais

Usaste-me… Tu sabes que me usaste.
Premeditaste tudo… quase ao pormenor. E eu deixei.
Nunca vivi tanto em tão pouco tempo. Vivi o outro lado da realidade.
Rimos e choramos. Navegámos e encalhámos.
Respirámos e sufocámos. Amámos e desprezámos.
E o tempo sempre a correr…
Tu mostraste-me a fraqueza, eu dei-te a força.
Eu exibi-te o abandono, tu retribuíste com o desejo.
Tu demonstraste a carência de amor-próprio, eu não desisti de ti.
Eu desvendei-te a outra música e tu ensinaste-me a dançar… quase.
Mas acima de tudo, dançaste só para mim.
Entretanto o tempo terminou.
Era tempo de voares novamente para o teu ninho. O teu ninho.
Usaste-me… E eu deixei. Conscientemente.
Hoje, ao saber-te feliz, fico também feliz.
Porque quero acreditar que contribuí para isso.
Usaste-me… e ainda bem.

Phil's Studio © 2006

2 comentários:

Carla disse...

Às vezes é bom sentirmo-nos usados(no bom sentido, claro) - fico contente porque sinto que estás mais livre e que estás feliz. Decerto que quanto a porta se fechou abriu-se uma janela e por lá entrou aquele raio de sol que estava a faltar, não é verdade?
Boas férias e um beijinho grande.

Anónimo disse...

Diz lá, por vezes sabe bem sermos usados?
Não desistas é de ti.
Beijinhos e boas férias
Graça